sábado, 3 de abril de 2010

Mãos

É interessante o como nós seres humanos estamos habituados a utilizarmos nossas mãos. Parece uma temática simples, porém mais complexa do que se imagina.

A mão é a extremidade dos membros superiores do ser humano - haja visto que especificamente possui uma série de ossos que compõem e dão o formato peculiar para os humanos.

Nossos quirodáctilos, como alguns intelectuais das biológicas denominam, possuem uma característica que é só nossa e somente nossa: a utilização do dedão como forma de agarrar e poder pegar e criar objetos. Sendo assim, podemos utilizar a mão como um todo não apenas como uma simples extensão, mas como uma ferramenta ágil, com o objetivo de tornar as tarefas detalhadas.

E são: a quantidade de objetos criados pelo homem por questão do alto desenvolvimento evolutivo de dois simples órgãos, tornou o homem extremamtne distinguível dos outros animais. As mãos demonstram claramente o quanto dominamos os detalhes diante de uma natureza complexa. Responsbilizamos todos os atos do homem por causa de simples reações nervosas, que movem falange por falange, e estas, os objetos criados por elas. E para elas.

Com a mão, chegamos onde jamais nenhum outro ser no planeta Terra chegou. Fomos capazes de manipular pedras para que elas se transformassem em facas e pontas de lanças e também fomos capazes de com pedaços de carvão, fazer pinturas que registrassem os pensamentos abstratos do homem. E das pinturas, desenvolver técnicas de escrita, cujo desenvolvimento deve-se única e exclusivamente por nós homens podemos utilizar com bastante maestria as mãos.

Não posso dispensar a possibilidade que cá tenho de tanto utilizar-me das mãos para pressionar teclas que, demonstram em uma tela, qual o desejo de escrita deste que vos escreve?

Há quem acredite nos poderes de nossas mãos. Na forma com a qual ela [e utilizada em orações, unidas e dedos unidos e esticados. Aos céus, procurando um refúgio tal qual uma criança pede colo a uma mãe, no coração. Como forma de cura, no toque mágico, na transmissão de energias em mãos dadas ou em mãos em cima da cabeça.

No toque, como uma ferramenta capaz de transmitir a qualquer outro corpo uma forma de expressar emoções - no cumprimento entre mãos, no afago, na mão amiga e na mão no ombro e em outras coisas indevidas (hihi!) mas que acabam transformando a mão em uma ferramenta definitivamente eficaz. Ahan.

A mão dos gestos, da comunicação pela distância, de um estalar de dedos como forma de chamar a atenção para algo ou alguém, ou mesmo por meio da libras, tornando o surdo-mudo passível a comunicação comum e simples entre o mundo dos falantes e ouvintes.

Somos capazes de manipular nossos desejos com as mãos. De girar, mover e criar com elas. E de destruir também.

Desde que o homem percebeu que com a destresa das mãos poderia criar ferramentas, percebeu o quanto que ela poderia auxiliá-lo na caça. Mas jamais imaginaria que tudo aquilo que era utilizado para os animais poderia ser utilizado contra poss[iveis inimigos humanos. A própria seta mirada no touro selvagem poderia ser a seta mirada contra uma ameaça humana.

E assim também se desenvolveu técnicas de armamentos extremamente avançadas em que o homem não se preocuparia em ter de chegar perto do alvo - e em distância poderia matar. Com o revólver, pressiona-se o gatilho para fazer funcionar o revólver, assim como pressiona-se o botão para liberar a mais forte das bombas contra o inimigo. Temos técnicas de fala que ativam mecanismos, mas nada como uma forma mais precisa do que fazer com que fisicamente a ação seja realizada.

A mão do tapa na cara, como símbolo de violenta reação contra algo. Em forma de soco, como forma de amassar ou de afastar, lembrando a forma mais primitiva de luta do homem contra as adversidades e contra o próprio homem.

 E por que não a mão ausente ao se movimentar uma simples alavanca, sendo esta responsável por acender uma lâmpada de acendimento periódico e de interrupções diversas ao longo do tempo? Traduzindo, por que não considerarmos a preguiça do homem ao acionar a seta dos carros para indicar qual a movimentação do carro, evitando assim colisões e atropelamentos?

Por que não citar também a mão do "dedo do meio", que demonstra ao próximo qual o destino que queremos que o próximo deveria "tomar"? Das mãos estendidas a um líder nazi-totalitário, demonstrando seu poder e força, como forma de manipular a massa humana em favor de um ideal destruidor de criar um novo e inútil deus?

Trocando em miúdos, a mão é o símbolo da evolução do homem e de sua própria destruição. A utilização da mesma reflete o quanto o homem preserva sua sobrevivência, e em nome dela, criar mecanismos de auto-proteção por meio da destruição.

Ao compararmos o cérebro com a mão, esta é muito menos complexa. Formado de músculos, nervos, pele e articulações de movimento, as mãos não raciocinam. Não pensam. Não calculam. Mas expressam da forma mais primitiva, os desejos do homem. Do prazer à explosão. Da vida ã morte. Não é a sua complexidade, mas sua utilidade. Do primitivo agarrar ao atual destruir. Um simples órgão que com poucos movimentos é capaz de demonstrar a evolução e o retardo do homem.

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